Reflexões sobre o futuro da astronomia amadora
Por Tasso Napoleão
It’s not in the stars to hold our destiny but in ourselves (William Shakespeare, in Julius Caesar, 1599)
Há cerca de dez anos, no capítulo 15 do livro “História da Astronomia no Brasil “(2013), tentávamos antecipar algumas das tendências da astronomia amadora para as primeiras décadas de século 21: estas eram, na área de pesquisa amadora, o trabalho em equipe, a especialização, a internacionalização e a integração com os pesquisadores profissionais; já na área de difusão e ensino não-formal, um interesse cada vez mais intenso do público leigo pela astronomia, estimulado pela cobertura da mídia, pelo uso maciço da comunicação via Internet e redes sociais, e pela disponibilização ampla e gratuita de softwares e aplicativos populares de smartphones. Para a concretização dessas perspectivas, ressaltávamos a necessidade de atualização e aprimoramento técnico contínuo por parte dos astrônomos amadores e em particular por suas associações locais, que fornecem um ambiente ideal para que o iniciante possa ampliar seus conhecimentos com o auxílio e orientação dos colegas mais experientes[1].
Acreditamos que todas as tendências que antecipamos na época continuam válidas e estão se materializando de forma mais rápida do que esperávamos (não só pelos avanços tecnológicos, mas também por fatores imprevistos, como certas mudanças culturais e comportamentais decorrentes da eclosão da pandemia do covid-19 em 2020). O presente ensaio busca atualizar a nossa visão de 2013 para o futuro da astronomia amadora, levando em conta esses fatores.
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[1] O livro completo está disponível no site do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST / MCTI), no link http://site.mast.br/HAB2013/index.html. O capítulo 15 (“Dos tempos do Império aos observatórios robóticos”), em http://site.mast.br/pdf_volume_2/dos_tempos_imperio_observatorios_roboticos.pdf
