Nova Recorrente | RS Ophiuchi

Por Tasso Napoleão

A estrela RS Ophiuchi é uma das raríssimas novas recorrentes que foram observadas até hoje na Via Láctea: são dez apenas. Ela é também uma estrela simbiótica: um sistema binário composto por uma anã branca e por uma gigante vermelha da classe M, que transfere matéria para a anã através de um disco de acreção.

Desde 1898, ano em que foi descoberta por Williamina Fleming em Harvard, RS Oph já havia apresentado oito erupções (em 2006, 1985, 1967, 1958, 1945, 1933, 1907 e 1898). Recentemente, em Agosto 08.91319 UTC, o observador brasileiro Alexandre Amorim percebeu visualmente mais uma erupção: em menos de 24 horas, a estrela havia deixado o seu estado quiescente, no qual se encontrava há quase quinze anos, e se abrilhantado de forma abrupta por cerca de seis magnitudes! A erupção de 2021 já está sendo considerada como aquela que foi melhor observada entre todas as novas recorrentes até hoje, não só no visível como em outros comprimentos de onda.

O presente texto procura analisar e interpretar os principais resultados fotométricos e espectroscópicos obtidos nos primeiros 50 dias após a explosão (que indicam uma consistência quase perfeita com as erupções anteriores), além de discutir a instigante possibilidade – hoje em debate pelos pesquisadores – de que RS Ophiuchi, bem como algumas outras novas recorrentes, sejam na verdade estrelas progenitoras de supernovas do Tipo Ia, que poderão explodir em um futuro relativamente próximo.

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