M31: A Grande Galáxia de Andrômeda
Astrofotógrafo: Wellerson Lopes da Silva
Outros nomes do objeto: Messier 31, NGC 224
Tipo: Galáxia espiral
Constelação: Andrômeda
Distância: ~2.511.404 anos-luz [1]
Magnitude (filtro V): 3,44 [2]
Imagine se olhássemos para o céu noturno e pudéssemos contemplar um objeto – uma galáxia – com um tamanho aparente seis vezes maior que a Lua cheia? Sim, esse objeto existe, é a galáxia de Andrômeda. A galáxia de Andrômeda, também catalogada como Messier 31, pode ser vista a olho nu em um céu com moderada poluição luminosa. Infelizmente, o que conseguimos enxergar com visão desarmada, ou seja sem instrumento, é apenas o seu núcleo. Nossos olhos não tem capacidade de captar a tênue luz emanada de toda a extensão desta galáxia. Mesmo que enxerguemos somente seu núcleo a olho nu, estamos recebendo em nossos olhos naquele momento, os fótons de luz que sairam desta galáxia há 2.500.000 anos atrás. Quando esta luz saiu de lá nem mesmo a raça humana existia sobre a face da Terra.
A Galáxia de Andrômeda, também chamada de Nebulosa Andrômeda, (catalogada como NGC 224 e M31) é uma grande galáxia espiral. É a maior galáxia mais próxima de nós, localizada na constelação de Andrômeda. É uma das poucas galáxias que pode ser vista a olho nu apresentando-se como um pequeno chumaço de algodão. Está localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra, possui um diâmetro de aproximadamente 200.000 anos-luz e compartilha várias características similares com a nossa galáxia, a Via-Láctea. [3]
Os primeiros registros deste objeto aparecem por volta do ano de 965 no Livro das Estrelas Fixas do astrônomo islâmico Abd al-rahman al-Sufi e redescoberta em 1612 pouco depois da invenção do telescópio pelo astrônomo alemão Simon Marius. Durante séculos os astrônomos consideravam a Galáxia de Andrômeda como um componente local da Via-Láctea, isto é, como uma nebulosa espiral muito semelhante a outras massas brilhantes de gás dentro do sistema galáctico local (daí o equívoco nome de Nebulosa de Andrômeda). Somente no ano de 1920 é que o astrônomo americano Edwin Powell Hubble determinou conclusivamente que Andrômeda era de fato uma galáxia separada além da Via-Láctea.[3]
Fontes:
[1] Cosmicflows-3 – http://simbad.u-strasbg.fr/simbad/sim-ref?bibcode=2016AJ….152…50T
[2] The GALEX ultraviolet atlas of nearby galaxies – http://simbad.u-strasbg.fr/simbad/sim-ref?bibcode=2007ApJS..173..185G
[3] https://www.britannica.com/place/Andromeda-Galaxy
Dados técnicos
Local e data da aquisição: Comunidade rural Riacho do Mato – São Romão – Minas Gerais – Brasil, 15 e 16 de Julho de 2018
Escala de Bortle: Entre 1 e 2
Tempos de exposição: 2h55m
Temperatura da câmera: 20°C
Escala de placa: 6,46 arcsec/pixel
Ganho: ISO 800
Aplicados darks e bias frames.
Equipamento
– Montagem equatorial SmartEQ Pro+ iOptron
– Câmera Canon DSLR T1i 500D modificada com filtro Astrodon
– Lente Sigma 150mm f/2.8 EX DG APO HSM Macro fechada em F4
– Auto guiagem com câmera Orion StarShoot e telescópio de guiagem 50mm Orion
Software
– Captura: APT – Astro Photography Tool 3.50
– Guiagem: PHD2
– Controle: iOptron Commander e SkyTechX
– Processamento: PixInsight 1.8 e Adobe Photoshop CS5